quarta-feira, 20 de novembro de 2013

Ka 1994 à 2013

Em 1994 a Ford deu os primeiros sinais ao mundo de que estava empenhada em apresentar algo de revolucionário em termos de design e soluções, quando então durante o Salão de Genebra daquele ano, apresentou o primeiro esboço do Ka, nome emprestado da mitologia egípcia e que significa “o espírito de todos nós”, entretanto, as linhas definitivas do carro somente seriam sacramentadas em 1996, pelas mãos do designer Claude Lobo, diretor de desenho da marca na Europa.
Estas eram a expressão do que foi batizado pela Ford de “New Edge”, ou algo como “desenho arrojado, ou desenho inovador”; nele, linhas ovais, curvas e retas misturavam-se para criar um desenho fluido, no qual um segmento do veículo conectava-se a outro de maneira harmoniosa, como se fizesse um anúncio do que viria a seguir. No Ka, a grade emendava com as luzes de direção, que por sua vez, ligavam-se aos faróis e assim sucessivamente.
Amplo para-lamas plásticos faziam também o papel de moldura lateral, contribuindo para a redução de peso e fluidez.
Sua estrutura derivava da do Fiesta, que crescera e deixara espaço para o seu nascimento, entretanto, havia sido reduzida em 21 centímetros, entretanto, graças à disposição das rodas nos extremos da carroceria, possibilitou ao carro oferecer bom espaço interno e excelente comportamento dinâmico, já que isso concentrava peso próximo ao centro de rotação do veículo. Com isso, o carro apresentava reduzida tendência de sair de frente nas entradas de curva, e de traseira, quando se alivia a aceleração.
Pensado para ser um carro urbano destinado a pessoas solteiras ou a casais sem filhos, o Ka trazia espaço para quatro ocupantes – embora quem fosse atrás não encontrasse muito espaço para se acomodar – e ali também podiam ser vistas a continuação do estilo empregado na carroceria; ficava faltando porta-malas mas um carro para viajar não era a sua meta.
O painel parecia levar o olhar a deslizar para a seção central, enquanto que ali havia um estiloso relógio analógico oval. Espalhados pelo interior, porta-objetos diversos otimizavam espaço e até mesmo no túnel, em sua seção traseira, havia um porta-copo, enquanto que uma cavidade no lado direito do painel abria espaço para o porta-luvas. Enfim, tudo fora pensado para que o carro expressasse uma nova tendência que, dali em diante, se espalharia pelos demais veículos da marca, a ponto de o Taurus ter sido quase um carro oval.
Aqui no Brasil a Ford nunca havia oferecido ao consumidor um carro pequeno – no passado, havia fabricado o Corcel e depois, o Escort –, mas diante de um novo cenário econômico e do avanço das concorrentes no segmento de entrada, ela viu a oportunidade para produzir em sua planta do Taboão, em São Bernardo do Campo (SP), aquele carro que tanto estava chacoalhando a opinião pública no Velho Continente.
Para trazer o carro para cá a Ford trabalhou rápido e em março de 1997, seis meses depois de sua avant première em Paris, ele debutava por nossas ruas, até porque, membros da subisidiária brasileira participaram do desenvolvimento do carro – o motor aqui elaborado foi adotado na Europa. Assim, o Ka nacional era praticamente o mesmo comprado pelos europeus; as diferenças se resumiam às lanternas traseiras com duas luzes de ré (na Europa era uma só devido à luz de neblina), 24 mm mais alto em relação ao solo, pneus de perfil mais alto (145/80-13 ou 165/70-13 de acordo com a versão) e exclusão da regulagem de altura do banco do motorista.

Para acompanhar os avanços estéticos, a Ford tratou de equipar o Ka com um pacote de itens tecnológicos bastante interessantes e alguns até então desconhecidos para o segmento aqui no Brasil, como no caso do farol de duplos refletores e de superfície complexa e lentes de policarbonato, imobilizador do motor com chave codificada, comando hidráulico de embreagem (sem cabo), injeção eletrônica multiponto sequencial de quinta geração (EEC-V), corte de combustível em caso de colisão para evitar incêndios, suspensão dianteira montada em subchassi e no caso do CLX, direção assistida com relação variável (mais rápida no centro e mais lenta no final de curso do volante).
Apesar de toda modernidade do projeto, justamente no motor os engenheiros não haviam entregado a mesma dedicação e assim, o Ka chegava equipado com o quarentão, porém confiável Endura-E, nas versões 1.0 e CLX 1.3, de 53,5 cv e 60 cv, respectivamente, mas era no torque que a última se destacava, com 10,4 kgf.m contra 7,8 kgf.m da mais fraca.
A Ford esperou mais três anos até dotar o Ka de um motor compatível com a modernidade de seu projeto, mas em 1999, apresentara duas versões para aumentar o interesse pelo carrinho: a Image, que trazia os para-choques pintados na cor da carroceria, direção assistida de série, relógio analógico no painel, além de travas e vidros elétricos; a outra era a Street 1.0, mais simples e que foi vendida somente pela internet. Mas voltando a falar no motor, em 2000 chegava o Zetec Rocam, que já havia sido empregado no Fiesta e fabricado em Taubaté.
Embora fosse um motor de bloco de ferro fundido e somente cabeçote de alumínio com comando simples e duas válvulas por cilindro, seu ponto forte era o acionamento da válvulas por alavanca roletada, que justamente por diminuir atritos, aumentava seu rendimento, fazendo com que o 1.0, que equipava as versões GL e GL Image chegasse a entregar 65 cv e 8,9 kgf.m, superando até mesmo a 1.3 do Endura-E. Para melhorar ainda mais as respostas deste novo Ka, a Ford tratou de encurtar as relações e marcha.
Neste mesmo ano 2000, a Ford lançou o Ka Tecno, versão mais esportiva, com rodas de alumínio, defletor traseiro e para-choques na cor cinza metálica.
Diante das boas respostas a esta iniciativa, em maio de 2001 chegava a versão mais forte jamais produzida no mundo do Ka, a XR, equipada com motor Zetec Rocam 1.6 de 95 cv e 14,2 kgf.m, que faziam acelerar de 0 a 100 km/h em 10,8 segundos e atingir até 186 km/h, números que exigiram alguns reforços estruturais na frente do carro. Externamente, o carro trazia defletor traseiro, saias laterais e rodas de alumínio 14 polegadas calçadas com pneus 185/60-14 e ar-condicionado de série (vidros e travas elétricos ainda eram opcionais).
Em julho de 2001, dois meses após o lançamento do XR, chegava outra versão, a Black, que como o nome sugere, vinha pintado na cor preta e trazia acabamentos refinados como revestimento de couro preto nos bancos, laterais de porta, alavanca de câmbio e volante, maçanetas cromadas, conta-giros, direção assistida, ar-condiconado, rodas de alumínio de 14 polegadas, defletor traseiro e vidros e travas elétricos.

Diante de piadas e brincadeiras que surgiram em virtude de sua traseira – muitos diziam que era feia, inadequada e que até mesmo parecia um bebê de fraldas – a Ford brasileira tratou de mostrar em 2002 um novo desenho para esta porção do carro. Novas e maiores lanternas foram adotadas e embora isso tenha feito com que se perdesse a conexão com o vinco dos para-lamas traseiros, isso parece ter agradado o consumidor. Apesar do êxito, esta alteração jamais foi implantada no Ka comercializado na Europa.
Pegando carona na redução de impostos para veículos entre 1.0 e 2.0 decretada neste ano (2002), a Ford preparou uma nova versão para o Ka, desta vez, batizada de Action, que apresentava acabamento básico e motor 1.6 e que foi mostrada no Salão do Automóvel daquele ano. Nele estavam ausentes as rodas de alumínio e a saias laterais do XR e se o consumidor quisesse, teria de pagar à parte pela direção assistida, que tornava-se opcional.
Novidades somente foram apresentadas dois anos depois, quando em 2004 o Ka apareceu nas lojas trazendo nova grade e para-choque dianteiro, console central com porta-copos e porta-objetos, além de novas forrações de bancos.
Dois anos depois, em 2006, surgia a versão MP3, que utilizava do recurso do rádio/CD player com entrada para tocador deste tipo de formato de arquivos. Disponível nas motorizações 1.0 e 1.6, trazia de série direção assistida, ar-condicionado, vidros e travas elétricos e rodas 14 polegadas – este foi vendido apenas na cor preta, com retrovisores, frisos, maçanetas e grade pintados em cinza.
Depois de diversas versões e apenas mudanças cosméticas, no final de 2007 (especificamente no dia 14 de dezembro) o consumidor brasileiro foi apresentado a um novo Ka. Completamente remodelado, o carro passou por mudanças acentuadas que, embora tenham lhe mantido a personalidade, recuperaram sua modernidade, a ponto de muitos quando se depararam com ele pela primeira vez e sem saber, achar se tratar de um novo carro japonês. Dez anos depois de ssua chegada ao mercado brasileiro, a Ford entendeu que o carro precisava de um upgrade e para isso não poupou ousadia para a obtenção dos resultados estimados. O carro voltou a recuperar os antigos 20 centímetros que seu chassi havia perdido do Fiesta e ganhou ainda mais dois centímetros na largura, tudo para privilegiar o espaço interno e o conforto dos ocupantes, além de a fábrica também tê-lo dotado do motor Zetec Rocam Flex, nas versões 1.0 e 1.6. A primeira entregava 72,7 cv a 6.000 rpm (álcool) e 69,3 cv a 6.000 rpm (gasolina) – para 2012 a potência rodando na gasolina caiu para 68,5 cv aos mesmos 6.000 rpm. Já na versão mais forte, estes números são de 107 cv a 5.500 rpm (álcool) e de 102 cv a 5.500 rpm (gasolina).
Em novembro de 2009 a Ford decide fabricar a versão ST, de apelo esportivo e que vinha sendo montada em algumas concessionárias. Equipada com apliques nos para-choques, aerofólio, ponteira de escape em aço inox, saias laterais e adesivos ST, trazia em seu interior tapetes em carpete, pedaleiras esportivas e soleiras em vinil, além de oferecer como opcional bancos em couro com a inscrição ST – o motor era o 1.0.
Para 2010, os pacotes de opcionais foram distribuídos em três módulos: Fly, Pulse e Class (disponíveis para as versões 1.0 e 1.6); Somma, Neo e Prestige (1.0) e Performer (somente para a 1.6). No final de 2011, também estavam sendo instalados nas concessionárias os pacotes de acessórios ST e Storm, esta última de perfil aventureiro.
Class
Fly
Pulse
Somma
Na Europa já está circulando um Ka ainda mais remoçado, o que pode indicar que em breve o carro que aqui conhecemos por Ka pode vir a mudar, afinal, em 2013 a última reformulação completará cinco longos anos, uma longevidade impensável atualmente.
2011
2012
Interior 2012
2013
2014 sedan
2014
2014

Atenção
Por ser um carro que já ultrapassou os dez anos de uso, é bom ficar atento a alguns detalhes, caso esteja interessado em comprar uma das primeiras versões do carro. Nos modelos equipados com motor Endura-E, ou seja, entre 1997 e 1999, a válvula IAC (idle air control), que como o nome diz, controla a vazão do fluxo de ar na marcha lenta, pode dar problema. Ligue o carro e deixe-o um tempo na marcha lenta. Se ele morrer, pode ser necessário trocá-la. Nestes mesmos modelos, a forração das portas era fixada com uma presilha que empenava facilmente esta peça.

O fato de o estepe ser fixado abaixo do porta-malas facilita o seu furto, além de ser mais complicada sua operação de retirada e colocação e o interruptor que corta a alimentação do carro em caso de acidentes pode ser acionado indevidamente, causando a parada do carro.
Por fim, os para-choques costumam ser sensíveis e após pequenas batidas, costumam perder o alinhamento e o encaixe correto, tanto junto aos para-lamas, como na parte frontal ou traseira; as versões sem direção hidráulica costumam ter o volante muito pesado e nas versões sem regulagem de altura do banco, a posição de pilotagem é muito baixa.

Recall
Até hoje, a Ford do Brasil já fez quatro convocações de recall para o Ka. Confira quais foram e fique atento para saber se o que você pretende comprar se enquadra em alguma delas:
7/3/2003 – Análise do sistema de freios e eventual substituição do conjunto da pinça de freio, que em condições severas de uso, poderia perder a eficácia.
12/3/2003 – Substituição do tubo do hidrovácuo. Fora constatado que em condições extremas, a vibração do motor poderia provocar pequenas trincas na peça, podendo gerar rompimento da mesma, o que acarretaria esforço extra para a frenagem do veículo.
18/12/2008 – Possibilidade de ocorrerem fissuras no tubo do freio em função do atrito com a abraçadeira do radiador.
21/5/2010 – O contato do chicote do carro com pontos da carroceria poderia gerar curtos-circuitos que poderiam vir a gerar a queima constante de fusíveis, inoperância de itens de segurança e até mesmo princípio de incêndio no motor do carro.
Para saber se o carro que deseja comprar esteve incluído em uma destas convocações, acesse a página de recall que a própria Ford mantém e obtenha mais informações.
Tunado
Feroz
Se Fosse assim desde o começo...kkkk!


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Manuais Disponíveis: 
MANUAL KA 2006



segunda-feira, 29 de julho de 2013

Ford Versailles e Royale


O segundo fruto da Autolatina, a associação entre Ford e Volkswagen que teve início em 1986, foi lançado em meados de 1990. Primeiro foi o VW Apollo, versão do Ford Verona. Depois veio o Versailles, que chegou para compensar a lacuna deixada pelo Del Rey no topo da linha Ford. Seu DNA era o mesmo do mais nobre dos VW nacionais, o Santana.



Parecida com a do Ford Taurus americano e a do Scorpio e do Sierra europeus, sua frente não tinha grade. As colunas traseiras apresentavam desenho mais reto que no Santana e eram pintadas de preto na versão Ghia. Entre as lanternas desta, uma faixa reflexiva dava continuidade às lanternas logo acima da placa. O recorte da traseira era mais reto que no VW. O painel também tinha estilo próprio, que lembrava tanto o do Del Rey quanto o do Escort. A mecânica, no entanto, era a mesma do VW.


A versão GL, de entrada, era equipada com motor 1.8. Já a topo-de-linha Ghia, além de ar-condicionado, direção hidráulica, vidros e retrovisores elétricos, vinha de série com motor 2.0. A injeção eletrônica era opcional, assim como o câmbio automático. Mas a paridade técnica com o Santana não impediu que o Ghia se tornasse o nacional mais veloz testado em 1991. A 174,3 km/h, deixou para trás até o celebrado Gol GTi. 


No primeiro comparativo, na edição seguinte, enfrentou Santana GLS 2000i e Chevrolet Monza Classic SE MPFI. Os elogios iam para as retomadas e, em especial, para a estabilidade proporcionada pelos amortecedores pressurizados nos dois carros da Autolatina. Na edição de fevereiro de 1992 era apresentada a aguardada versão Ghia de quatro portas, que trazia ABS opcional a tiracolo.

Sem injeção eletrônica, com catalisador, 105 cv e 1300 kg, ele não passou dos 170,8 km/h. Os freios com ABS foram outro ponto positivo.

Não demorou para a linha Versailles ganhar uma perua, a Royale. A exemplo da antiga Belina, 695 litros de capacidade de carga eram comuns às duas. Mas foi a versão sedã de quatro portas que bateu a do Santana em um comparativo de modelos


Ford e VW em junho de 1992. O fiel da balança foi o menor preço das peças de reposição.


O Versailles Ghia 1993 mantém o desenho original, mas já apresenta melhorias como os pára-choques pintados.” A injeção eletrônica também deixava de ser exclusiva do Ghia. “A partir de 1994, ele
passou a compartilhar os bancos com o Escort, o que foi um grande retrocesso”.


Em 1995 carro ganhou a opção do teto solar”. Com frente, rodas e lanternas novas, coincidiu com a oficialização do fim da Autolatina. Mas no ano seguinte o modelo saiu de catálogo. “Mecânicos mais experientes dizem até hoje que o Versailles é melhor que o Santana”. A julgar pela mecânica que o carro usava, não deixa de ser um elogio para a VW.






"Alô Mãe! Tô morando em Versailles, fica tranquila!

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Manuais Disponíveis: 
MANUAL VERSAILLES  1993
MANUAL ROYALE 1993


sábado, 5 de janeiro de 2013

Voyage


O simpático sedã se tornou um dos carros de maior sucesso de sua categoria, e mais, um dos mais carismáticos carros já produzidos no Brasil.

Desde seu lançamento, em 1981, o Voyage parece ter caído não só no gosto do brasileiro, como também da crítica por parte da mídia especializada, já que no ano de sua estréia, foi considerado pela Revista Autoesporte, o "Carro do Ano", feito que o Gol só alcançaria em seu 100 ano de vida.

O sedã foi o segundo carro a fazer parte da família de compactos BX. Alguns detalhes faziam dele um carro mais sofisticado que o Gol, a começar pelo motor. Ao invés do motor boxer 1.3 refrigerado a ar, o Voyage era dotado do mesmo propulsor que equipava o Passat, ou seja, um quatro cilindros em linha de 1.500 cm³ com arrefecimento líquido.
No Voyage, a estética da frente era diferenciada. Ao invés de embutidos no pára-choque, como no Gol, no seda os piscas eram dispostos junto aos faróis, que por sua vez, eram maiores.
Dois anos mais tarde, em 1983, a Volkswagem fez as primeiras mudanças no Voyage, que aliás, contribuiram para a consolidação do modelo junto ao consumidor. A montadora adotou um novo motor, mais resistente e com maior torque. Chamado de MD 270, o então novo quatro cilindros em linha tinha a capacidade cúbica maior, com 1.600 cm³, e um novo câmbio com quarta marcha mais longa para maior econômia de combustível, conhecido como 3+E. Neste ano também era oferecido uma versão 4 portas, que na época não foi bem aceita, sendo descontinuada três anos mais tarde.

Graças a agilidade e o aspecto jovial, o Voyage se firmava como um carro desejado tanto por jovens quanto por um público mais maduro.
A primeira versão especial de apelo esportivo do Voyage surgiu em 1984. Para festejar os Jogos Olímpicos realizados naquele ano na cidade americana de Los Angeles, o carro foi batizado com o nome de Los Angeles e recebeu uma chamativa pintura em azul metálico. Bancos anatômicos da marca Recaro, painel com conta-giros, rodas de liga-leve e um discreto aerofólio faziam parte do pacote de atrativos do modelo.
Dois anos depois, novos motores passarem a deixar o Voyage com respostas ainda melhores. Os famosos AP 1600 e AP 1800 se tornaram lenda pelo desempenho "apimentado" que ofereciam.
Em 1987, a família BX passa por uma grande reestilização, com ela a frente do Voyage ganhou um novo desenho, ficando 5 centímetros mais baixa em relação ao modelo anterior e com faróis e piscas sendo incorporados à grade. Os parachoques, antes em lâminas metálicas com polainas plásticas, passaram a ser envolventes, numa peça única confeccionada em plástico.
No ano seguinte, mais alterações. Dessa vez, a Volkswagen mudou por completo o interior de seu sedã. O painel que permanecia o mesmo desde o lançamento do modelo, passou a ser o mesmo da versão exportada para os Estados Unidos — onde era chamado de Fox —, como desenho mais moderno e botões dispostos próximo ao volante, o que lhe renderia o apelido de "painel satélite".
Em 1991 sua frente foi novamente remodelada e, graças ao surgimento da Autolatina — união temporária entre a Volkswagen e a Ford — as versões 1.6 passaram a contar com motor AE 1600, derivado dos econômicos mas pouco potentes CHT da Ford, o que para muitos, representou um retrocesso. No ano seguinte a novidade era o catalisador, já em 1993 a carburação passava a ser eletrônica.
Com o fim das exportações do carismático sedã para os Estados Unidos, em 1992, o Voyage passou a ser importado da Argentina, onde era conhecido como Gacel e posteriormente como Senda, diferente dos outros países da América do Sul, cujo nome era Amazon.
Após mais de 14 anos em produção, o Voyage saiu de linha em 1995, ao contrário do restante da familia BX que seguiu para a segunda geração, conhecida como "bolinha".


Mas para alegria dos fãs do simpático sedãn, o Voyage voltou à cena em 2008 como a grande aposta da Volkswagem em retomar a liderança da categoria sedans compactos, que representa 15% do total de carros vendidos no Brasil e que foi perdida pela montadora em 2001.

Mesmo contando com o carisma e fama de seu nome, a tarefa não foi nada fácil para o novo Voyage, dada a grande concorrência neste segmento. Em sua chegada ao mercado, o sedan da Volkswagem teve como principais oponentes os Chevrolet Prisma e Corsa, Fiat Siena, Ford Fiesta, os Renault Clio e Logan e também o Peugeot 207 Passion.

Apesar de ver derivado do Gol, o novo Voyage tem linhas marcantes, dando ao modelo, identidade própria. Tudo por conta do porta-malas, que além de volumoso — com amplo espaço de 480 litros — ainda pode eventualmente pode ser ampliado com o rebatimento do banco traseiro, recurso esse que infelizmente é opcional.

Estéticamente a traseira é agradável, graças ao design sóbrio, cujos destaques ficam por conta da tampa com um discreto aerofólio e das grandes lanternas de formato trapezodal que invadem a lateral do carro.
No que se refere ao restante das linhas do novo sedan, elas são as mesmas do irmão Gol, com vinco que percorre toda lateral na altura da cintura do carro, frisos cromados e frente em cunha com faróis afilados junto às laterais.

Segundo executivos da montadora alemã, o Voyage foi desenvolvido simultaneamente com o Gol, permitindo que cada um dos modelos sofresse os acertos de carroceria necessários. Dessa forma, a Volkswagen acredita que a "reencarnação" de seu famoso sedã não pareça uma simples adaptação feita encima do Gol.

Como ocorria no antigo Voyage, a Volkswagen optou por dar ao novo sedan, basicamente o mesmo interior do Gol. Nele, o esforço da montadora em transmitir a sensação de esmero e qualidade é nítida, tudo para reverter à má fama atribuída às gerações anteriores do Gol, Parati e Saveiro. Isso pode ser notado sobre tudo na qualidade dos acabamentos internos e nos encaixes plásticos, que passarem a ser bem mais precisos.

No início das vendas, as versões mais sofisticadas tinham a tonalidade do plástico do painel — simples, mas bonito e legível — na cor marrom e o conta-giro como item de série, mesmo na versão de entrada.
Inicialmente o Voyage foi oferecido basicamente em três versões — batizadas de 1.0 e 1.6, Trend e Confortline — que viriam tempos mais tarde a contar com a opção de câmbio automático i-motion. Em todas elas o sedan conta com rodas aro 14, abertura elétrica do porta-malas e ajuste de altura do banco do motorista como itens de série, diferente do sistema de anti-travemento dos freios (ABS) e de air-bag duplo, vendidos como opcionais mas podendo ser adquiridos desde a versão básica.

As opções de motorização são apenas duas. Uma com 1 litro e bi-combustível, desenvolvendo 76 cv de potência máxima com álcool e 72 cv abastecido com gasolina, e outra como motor 1.6 capaz de render 104 cv com ácool e 101 cv com gasolina.

Apesar de aparentemente maior que o Gol, o novo Voyage pesa apenas 45 kg a mais que seu irmão hatch (989 kg x 944 kg), o que contribui para sua boa agilidade e também para as acelerações e respostas rápidas.
Do início do ano de 2011 até o mês de julho, 48.733 unidades do novo Voyage foram comercializadas, o que dá ao modelo a respeitável posição de 10ª colocação no ranking dos carros mais vendidos no Brasil. Uma clara prova que o famoso sedan da Volkswagem voltou para ficar.

Comprando um Voyage usado

Um projeto consolidado como o do Voyage e o longo período do modelo em produção, o tornaram um carro maduro, com praticamente todos os defeitos crônicos solucionados. Junto aos foruns de proprietrários do modelo ou menos sites de reclamação na internet, os problemas relatados não são regulares a ponto de serem considerados defeitos do modelo. Por isso, os cuidados que se deve ter ao adquirir um Voyage são genéricos, ou seja, deve se checar as condições mecânicas e estruturais, além, é claro, da documentação.

Recall
Recall 17/08/2009 - Voyage 1.0L, modelo 2009 e 2010 com numeração de chassi entre 9P 000001 e AP 004 729 e 9T 000001 a AT 009 587.

Foi constatado que, em condições de baixa temperatura, podem surgir dificuldades na hora de colocar o motor em funcionamento obrigando o usuário a repetidas tentativas. Esta condição pode gerar perda de sincronismo da queima da mistura ar/combustível causando a ruptura do coletor de admissão e, eventualmente, o surgimento de chamas no local. A solução oferecida pela montadora é a atualização do programa (software) de gerenciamento do sistema auxiliar de partida a frio.

Recall 24/11/2008
Voyage modelo 2009 com a numeração de chassi entre 9T000001 e 9T153085.Foi constatada a possibilidade de equívocos na montagem da lanterna traseira esquerda dos veículos equipados com faróis de neblina de série, nas quais a lente da luz de neblina é branca em vez de vermelha. Esta condição, com a luz de neblina traseira ligada, pode confundir os motoristas que trafegam atrás do veículo, causando a falsa impressão de que está sendo realizada uma manobra em marcha a ré e, eventualmente, causar acidentes. A solução oferecida pela Volkswagwn é aerificação e, se necessária, a troca da lanterna traseira.

Recall 15/12/2008 
Voyage 1.0 l modelo 2009 com numeração do chassi entre 9T 000001 e 9T 185645. Foi constatado que, em condições de trânsito urbano em baixa velocidade, em que sejam necessários repetidos acionamentos do pedal de freio, pode ocorrer o seu endurecimento. Esta condição pode dificultar a parada do veículo e, eventualmente, causar acidentes. Segundo a montadora, a solução do problema será feita com a atualização da calibração da unidade de comando do motor. Para informações adicionais, consulte a Central de Relacionamento com Clientes pelo telefone 0800 019 5775.
Cadê a tabela das marés? 
Foi emprestar o Carro para o Primo, é nisso que dá! kkk!


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Manuais Disponíveis:
MANUAL VOYAGE 83
MANUAL VOYAGE 1992