quarta-feira, 3 de julho de 2019

Vectra 1996 a 2005

O Vectra teve um início de vida tímido no Brasil, tendo em vista o alto preço que custava na época. O mais barato saía por cerca de US$ 28,1 mil. E o visual era um tanto conservador para um carro tão caro. Mas a partir de junho de 1996 essa história passou a mudar. A GM do Brasil lançou, apenas um ano depois de sua apresentação na Europa, o Vectra da segunda geração. A diferença entre este e o modelo anterior era grande e o preço do novo modelo era apenas ligeiramente mais alto do que o de seu antecessor.
A indignação que tomou conta dos proprietários do Vectra I foi inevitável, uma vez que para a imprensa o carro foi apresentado em fevereiro de 1996; ou seja, muitos já haviam comprado o Vectra I modelo 1996 e, de repente, estavam com um “mico” nas mãos. “Meu pai comprara um Vectra CD completo em janeiro de 1996, com couro e câmbio automático, por cerca de R$ 42 mil em valores da época”, diz Fábio Silveira Santos, um comerciante paulista de 28 anos. “E logo em seguida saiu o novo CD, por praticamente o mesmo preço. Ele nunca mais teve carros da GM depois disso”, diz Fábio.
De qualquer forma o Vectra II era muito superior. Maior (4,48 metros de comprimento contra 4,43 metros do anterior, 1,72 metro de largura contra 1,70 metro, 2,64 metros de entreeixos contra 2,60 metros), com carroceria mais aerodinâmica (excelente coeficiente de 0,28, contra 0,29), mais espaçoso e confortável por dentro, além de muito mais bonito por fora.
As versões eram a básica GL, seguida pela GLS e CD. O GSi, o mais interessante dentre os disponíveis para a primeira geração, foi descontinuado, o que levou embora seu excelente motor. O novo Vectra trazia uma série de avanços, como pedais desarmáveis em caso de acidentes, cintos de segurança com pré-tensionadores e duplo airbag opcionais, primeira suspensão traseira multibraço entre os modelos nacionais, subchassi dianteiro, embreagem hidráulica, pára-brisa 4,5 cm deslocado para frente se comparado ao primeiro Vectra, além do pouco conhecido (até hoje) DAS, um conceito de segurança dinâmica que tinha por objetivo equilibrar as forças nas rodas durante as frenagens.
Mas dessa vez o carro não vinha completo como acontecia nessa linha desde seu lançamento original, em 1993. O Vectra GL, por exemplo, não trazia conta-giros, ar-condicionado, frisos laterais, encostos traseiros, conjunto elétrico e nem mesmo calotas integrais. Para um carro daquela faixa de preço, era extremamente pobre. Com exceção do ar-condicionado, o GLS trazia o que faltava na versão de entrada.
E ainda tinha rodas de liga-leve de aro 14, grade pintada na cor do veículo, entre outros itens. Mas os discos de freios traseiros agora também eram opcionais, assim como os bancos traseiros dobráveis com descansa-braço central.
Em ambas o motor era um 2-litros, com potência de 110 cv (6 cv a menos que a versão anterior, devido aos ajustes em função da legislação de emissão de poluentes). O câmbio era manual, de cinco marchas, fabricado pela Isuzu.
A versão CD era a top de linha e era a única que vinha com o motor 2-litros 16V de 141 cv, além do câmbio automático opcional. Outra exclusividade estava nas rodas de cinco furos e aro 15, controlador de tração, três encostos de cabeça na traseira, volante forrado em couro, temporizador da luz interna, ABS etc.
Entre os opcionais, além do já citado câmbio automático e airbag, havia o controle de som no volante, piloto automático, forração em couro e teto solar com acionamento elétrico.
Ainda como modelo 1997 o Vectra sofreria uma “baixa”, quando o motor da versão CD perdeu cerca de 5 cv. Mas a partir de maio de 1998 é lançado um novo motor para a linha, com 2,2 litros tanto para o oito válvulas como para o 16V, que passam respectivamente a 123 cv e 138 cv.
Em 2000 o Vectra passa pela primeira mudança de sua vida no Brasil, com a adoção de novos pára-choques, faróis e lanternas, além de tampa traseira redesenhada, novas rodas e forrações. E finalmente a versão GL perderia a famigerada calotinha central para ganhar uma calota integral, além de conta-giros... Ainda nesse ano surge a versão Millenium, baseada na GL, mas com alguns acessórios incluídos no preço. E o GLS passa a ter como opcional a transmissão automática – para isso vinha com o mesmo motor da versão CD, com 16 válvulas, e as rodas com cinco furos de fixação.
Em 2001 é a vez da Challenge, uma interessante série especial que se tornaria uma versão normal, durando até 2003. Ela contava com rodas de aro 16, couro em duas tonalidades, entre muitos outros itens. O teto solar só seria oferecido ano seguinte, em 2002.
Nesse ano houve uma reestruturação da gama e a versão CD virou um “pacote”. O Vectra ganha um novo pára-choque dianteiro, além de rodas de aro 16 para o CD; surge também a Expression.
No início de 2003, a GM volta a oferecer o motor de 2 litros e 110 cv, descontinuado na linha Vectra desde 1998. Esse retorno se deu devido a uma mudança tributária, o que tornou o veículo viável novamente. Surge a versão Plus 2.2 8V.
Em 2004 há uma nova reestruturação e o Vectra passa a ser oferecido nas versões Comfort (básica, com motor 2-litros), a Elegance (mesmo motor) e a Elite (equipada com motor de 2,2 litros e quatro válvulas por cilindro) e que trazia de série ABS, airbag, teto solar, etc. No fim de sua ‘vida’, o Vectra foi agraciado com uma série especial denominada Collection, limitada a apenas mil unidades.
Elas são numeradas, mas não são marcadas em qualquer parte da carroceria: apenas o chaveiro e o manual do proprietário comprovam esse caráter “colecionável”.No início da produção, o Vectra apresentou alguns defeitos que geraram vários boletins de serviço na GM, como por exemplo a fixação do subchassi traseiro. Esse defeito foi descoberto por acaso numa revenda paulistana e tinha como característica a quebra dos parafusos de fixação do subchassi ao assoalho do veículo. É preciso verificar se o carro que está sendo adquirido é um dos primeiros e se passou pela revenda na época para a correção do problema (adição de novos parafusos).
E no caso particular do Vectra, justamente essas unidades 96/97 são as que mais tendem a apresentar problemas, pois havia a necessidade de uma série de correções. O desgaste precoce de alguns elementos, como calhas dos vidros das portas e coifa do acabamento do câmbio, está entre esses “acertos” que a GM tinha de fazer. O escape também é muito próximo do assoalho e não tem a proteção adequada, esquentando muito o interior do veículo.
Já os ruídos na caixa de direção e na cruzeta localizada na coluna de direção dos modelos com regulagem de altura do volante, além de buchas de suspensão traseira frágeis, problemas no mostrador do rádio e computador de bordo no painel, eventuais vazamentos do gás refrigerante do ar-condicionado e escape um tanto sensível podem ser encontrados em qualquer ano-modelo.


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MANUAL VECTRA 2003/04

MANUAL VECTRA 2005


4 comentários:

  1. Este comentário foi removido pelo autor.

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  2. O Vectra é um ícone da produção nacional. A primeira geração tinha um conjunto sensacional, era bem equipada e confortável, mas tinha um baixo índice de nacionalização dos componentes e tinha um preço alto para seu segmento - assim a GM continuou na briga do segmento médio com o Monza, que não escondia a idade, e se mantinha como o carro mais vendido da General Motors. Ainda assim, haviam requisitos suficientes para enfrentar os concorrentes nacionais - Tempra e a dupla Santana/Versailles, e os sedãs médios importados. Já a segunda geração marcou por que as linhas caíram no gosto dos brasileiros, vinha repleta de novas tecnologias e itens até então inéditos na produção nacional.

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  3. Além de ter caído no gosto do nosso público, a segunda geração do Vectra também surpreendia por outros feitos - vendia mais que modelos pequenos como o Ford Ka e o Mercedes-Benz Classe A, mais conhecido como o "popular da Mercedes".

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  4. As linhas do Vectra de segunda geração eram tão modernas e atraentes, a ponto de fazê-lo ser confundido com os carros importados, e também expôs de imediato o envelhecimento dos concorrentes nacionais.

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